Jornal Oeste

O fato político da semana que passou em Cáceres, foi a aliança feita pelo pré-candidato a prefeito pelo PP, Sérgio Arruda, com o PSDB, presidido por Beto Michellon. Sérgio também negocia o apoio do PDT e do PSD do professor Leandro dos Santos e sonha em ter o apoio do ortopedista Vicente Palmiro (MDB). Ele quer liderar o bloco que passaria ser a terceira via na disputa da prefeitura. O acordo com o PSDB e a formação da terceira via, acabaram com as minhas dúvidas em relação a um possível recuo de Sérgio, que já ocorreu por outras quatro vezes.
 
Coxinha
 
Quem também não recua mais é o ex-prefeito Francis Maris (PL). Desarticulado politicamente, na semana passada teve que pegar o PRD para tentar ampliar o seu arco de apoio. Vai ter que fabricar duas chapas, uma para o PL e outra para o PRD.
 
Palmiro
 
Em razão da demora no lançamento da pré-candidatura, o ortopedista Vicente Palmiro (MDB) não conseguiu fechar nenhuma aliança, vai para a disputa sozinho. Já a prefeita Eliene Liberato Dias (PSB), conseguiu fechar com o Republicanos, Podemos e União Brasil. Naturalmente, a composição mais forte.
 
Sem prefeito?
 
Já em relação ao PSD e a Federação formada pelo PT, PV e PC do B, seguem as dúvidas em relação as candidaturas a prefeito. Por enquanto, professor Leandro dos Santos é mantido candidato pelo PSD, e James Cabral, pelo PT. Essas dúvidas devem se arrastar até as convenções de junho. Eu via a relação de pré-candidatos a vereador do PSD, e particularmente, acho que nela só é possível eleger um vereador com Leandro como candidato a reeleição. Neste caso, o caminho natural do PSD seria apoiar a candidatura de James Cabral. Já em relação a chapa de vereadores da Federação PT, PV e PC do B, a eleição de um vereador passa necessariamente pela candidatura a prefeito de James Cabral.
 
Quociente
 
Em 2022, 46.903 cacerenses foram às urnas, no segundo turno, decidir entre Lula e Bolsonaro. Se esse mesmo número de votos válidos for computado neste ano, o quociente eleitoral para o legislativo será de 3.127 votos. Isso significa que, para eleger o primeiro vereador da chapa, o partido ou federação deve superar esse número de votos e o candidato mais votado deve ter, no mínimo, 318 votos, que é 10% do quociente. Já para participar das sobras, o partido tem que ter 80%, no mínimo, do quociente, ou seja, 2.501 votos. Daí, o detalhe é o seguinte. Não basta mais ter 10%. Para participar da sobra, o mínimo é que o candidato tenha 20%, que vai dar 626 votos. Na eleição de 2020, apenas 6 candidatos ultrapassaram essa marca: Marcos Ribeiro – 802, Flávio Negação – 746, Luiz Landim – 726, Cézare Pastorello – 684, Valdeníria – 676 e Professor Leandro – 653. Por isso, tem gente que foi dormir na semana passada achando que estava com eleição garantida, e agora está acordando que tem muitos critérios para atender.
 
Golpistas
 
Na semana passada o ex-governador Dante de Oliveira, deve ter ‘revirado no caixão’, ao ver o oportunista ex-prefeito de Cáceres, Francis Maris (PL), que está deputado estadual, desvalorizar uma das mais importante comendas do Legislativo Estadual ao entregá-la para apoiadores políticos em Cáceres, entre eles, vários ‘golpistas’. Mandato desperdiçado como na passagem anterior pela Assembleia onde chegou a fazer média, entregando moções, até para o ex-adversário Takao Nakamoto e uma série de simpatizantes políticos com absolutamente nenhuma contribuição expressiva para o desenvolvimento do Estado. Em se tratando de oportunismo, Francis é doutor. Na semana passada tentou tirar proveito político da desacreditada ZPE, ao promover uma Audiência Pública em Cáceres, que foi do nada para lugar nenhum. Um fiasco do ponto de vista político, que não rendeu sequer uma única linha, nem mesmo da Assessoria do ex-prefeito e da Secretaria de Comunicação da Assembleia Legislativa.
 
Situação
 
A prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias (PSB), escolheu a Engenheira Sanitarista e Ambiental Karen Mamoré, Lauro Alcântara e os ex-secretários Vitor Miguel e Wesley Lopes para representarem a gestão na disputa por vagas na Câmara de Vereadores. Mas, para ter resultado, a prefeita precisa chamar os comissionados para se engajarem em favor dos colegas. Os ex-vereadores Claudio Henrique, Wilson Kishi e o Diretor da Autarquia Águas do Pantanal, Júlio Parreira, que não são candidatos a Câmara, estão obrigados ajudar a prefeita nesse processo para ele ser bem sucedido.